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sábado, 30 de abril de 2011

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O conto e a música

Temática: Leitura e análise do conto “Grande Edgar” de Luis Fernando Veríssimo e da música “Maior Abandonado”, de Cazuza e Frejat.



Objetivo geral:

Aperfeiçoar as competências em leitura e escrita dos alunos, buscando oferecer situações que possam despertar nos alunos o prazer e o interesse pela leitura, bem como ampliar as suas habilidades e competências, a fim de que se tornem leitores autônomos.



Objetivos específicos:

Ø  Expressar ideias e opiniões de forma oral e escrita para aprimorar a capacidade comunicativa;
Ø  Compreender e interpretar o texto e a música trabalhada;
Ø  Identificar o gênero conto;
Ø  Comparar as duas formas de abandono/distanciamento as quais o texto e a música se referem;
Ø  Possibilitar espaço de socialização.



Justificativa:

            Esta atividade surgiu como proposta de aplicação dos estudos feitos no curso “Tecnologias na educação: ensinando e aprendendo com as TIC/2011” e conta com o objetivo de desenvolver algo diferenciado, com relação ao estudo do conto e da música, daquilo que costumamos observar na prática utilizada na maioria das escolas.
Escolhemos o gênero conto por ser um tipo de texto geralmente mais curto e de rápida leitura. Além disso, bons contos costumam prender o leitor logo no primeiro parágrafo, coisa extremamente importante para alunos do ensino fundamental que costumam ter uma imagem negativa da leitura como sendo “chata”.
O próximo passo é analisar que temas podem ser abordados a partir desse texto. Na nossa interpretação, vieram à tona assuntos como: “como nos distanciamos de pessoas importantes ao longo da vida”, “como nos tornamos ‘apenas mais um’ aos olhos da sociedade”, “como nós mesmos não nos damos à devida importância”, etc.
Após a escolha do gênero, escolhemos o autor que “todo mundo gosta”: Luis Fernando Veríssimo. Instantaneamente lembramo-nos do divertidíssimo conto Grande Edgar, que está no livro “Mentiras que os homens contam”.
Com os temas de trabalho definidos, seguimos para o caminho da música, que, por geralmente ter letras que podem ser trabalhadas como poemas, acabam diversificando os tipos de textos trabalhados. A música que escolhemos foi “Maior Abandonado”, de Cazuza e Frejat.



Publico alvo: alunos do 8º ano B



Recursos:

Ø  Materiais: aparelho de som, computador com internet, câmera fotográfica, etc.

Ø  Humanos: as professoras cursistas, os alunos e o professor do laboratório de informática.



Disciplina envolvida: Língua Portuguesa & Informática



Metodologia

1º Momento:

Neste primeiro momento, será feita uma aula expositiva composta pela apresentação da música (“Maior Abandonado”, de Cazuza e Frejat), sua compreensão e interpretação. Algumas questões orais deverão guiar a discussão, tais como:
·         O que é um “maior abandonado”, citado no título da música?
·         Por que a música diz que “raspas e restos me interessam” (linhas 8 e 9), “mentiras sinceras me interessam” (linha 11)?
·         O que são “mentiras sinceras”?
·         Quem é o “tu” ao qual a música se refere?
·         A que se refere à passagem “pequenas porções de ilusão” (linha 10)?
·         Que tipo de proteção o “maior abandonado” deseja? 




 2º Momento:

Apresentação do conto “Grande Edgar” de Luis Fernando Veríssimo. Após a apresentação será feita uma leitura silenciosa pelos alunos e em seguida a leitura expressiva pelo professor.
A compreensão e a interpretação serão feitas de forma oral, guiada por questões como:
·         Já lhe aconteceu situações parecidas com a do conto? De que forma?
·          Você esqueceu-se de alguém, ou alguém esqueceu quem você era?
·         Por que nos esquecemos tão facilmente dos outros?
·         Por que confundimos estranhos com pessoas conhecidas?
·         Por que o personagem “naturalmente” escolhe o caminho “menos racional e recomendável, que leva à tragédia e à ruína”?
·         Será que nós ou as outras pessoas são tão pouco importantes a ponto de sermos esquecidos?
·         Será que nós nos damos à devida importância?
Terminada a discussão, será feita a entrega de um resumo teórico sobre o gênero conto, sua história, principais autores e características estruturais. Logo após, será feita a análise do conto “Grande Edgar”, conforme as características: apresentação, complicação, clímax e desfecho. Esta análise será feita pela turma junto com o professor.



3º Momento:

Feita a análise do gênero, faz-se a avaliação, que consiste na elaboração de um pequeno texto que responda questões como: “Quem é o “maior abandonado do título da música?”, “Você conhece maiores abandonados como aquele do qual a música fala?”, “O que fazer para não virarmos maiores abandonados?“, Já lhe aconteceu situações parecidas com a do conto? Quais?



4º Momento:

            Socialização dos textos produzidos pelos alunos. Cada aluno fará a leitura de sua produção. A turma selecionará três textos a serem postados no blog da escola e das cursistas.



Período de realização:

Ø  11/04/2011 – Apresentação da música Maior Abandonado, de Cazuza e Frejat;
Ø  11/04/2011 – Compreensão e interpretação da música de forma oral, tentando levantar assuntos que se relacionem com o tema do abandono/distanciamento entre pessoas, tratado no conto que virá a seguir;
Ø  12/04/2011 – Apresentação e leitura silenciosa do conto Grande Edgar de Luis Fernando Veríssimo;
Ø  12/04/2011 – Leitura expressiva do conto pelo professor;
Ø  12/04/2011 – Compreensão e interpretação do conto de forma oral, destacando temas como “Como nos distanciamos de pessoas importantes ao longo da vida?”, “Como nos tornamos ‘apenas mais um’ aos olhos da sociedade?”, “Como nós mesmos não nos damos à devida importância?”, etc.;
Ø  15/04/2011 – Análise do conto conforme a estrutura/características do gênero (situação inicial, complicação, clímax e desfecho);
Ø  18/04/2011 – Produção textual;
Ø  19/04/2011 – Socialização das produções textuais na turma e seleção de três textos.



Formas de socialização: blog das cursistas (idealizadoras do projeto), blog da escola...



Avaliação:

Será levada em conta a participação do aluno nas discussões e também o texto elaborado em aula, cujo tema permite que seja observado o entendimento do aluno perante os conteúdos apresentados.



Bibliografia

VERÍSSIMO, Luis Fernando. Grande Edgar. In: As mentiras que os homens contam. São Paulo: Objetiva, 2000.

SOARES, Angélica. Gêneros Literários. São Paulo: Ática, 1997. 



Webliografia







quarta-feira, 27 de abril de 2011

Amostra de produções

            A construção/produção dos contos a seguir é uma "pequena" amostra do planejamento com sequência didática "Conto", realizada com a turma da 8ª série B. As produções foram realizadas com tema livre. Os textos abaixo foram escolhidos pelos alunos da turma.

Sonayra Aline M. Figueiredo


Acontecimentos inesperados

            Certa vez uma menina chamada Maria vivia trancada, fechada do mundo, quase não saia.
            Certo dia, chegou de muito distante um primo que não a conhecia, foi amor a primeira vista.
            - Como vai você?
            - Estou bem, obrigada!
            - Qual é seu nome?
            - Maria, e o seu?
            - João. Já estou indo depois a gente se fala, tchau.
            Ele foi embora. Aquele dia foi o mais feliz da vida de Maria.
            Três meses depois, eles começam a namorar e dois anos depois ele descobriu que Maria estava grávida e lhe pergunta:
            - Você está grávida? Ela contente responde:
            - Sim estou, de três semanas. Ele retruca:
            - Por que você não me disse nada? Maria nervosa diz:
            - Estava com medo. Medo de está sonhando e que você me acordasse.
            Os pais de Maria e os de João não sabiam que eles estavam namorando, achavam eles apegados demais, mas nunca desconfiaram de nada, pois eram primos.
            Com dois meses de grávida, Maria e João resolveram contar para os pais de Maria. Os dois temiam que os pais de Maria os separassem.
            João chama sua sogra para ir até a sua casa. Chegando lá, Maria diz:
            - Mãe queremos lhe falar uma coisa.
            - Maria diz essa frase com um aspecto muito contente e ao mesmo tempo nervosa.
            - O que vocês têm para me falar?
            João a interrompe e diz:
            - Tia eu e Maria estamos namorando a mais de dois anos. Os enjôos e essas coisas a mais que ela está sentindo é por que ela está grávida.
            A mãe de Maria toma um susto tão grande que quase cai da cadeira.
            - Como vocês fizeram isso comigo? Eu achava que vocês fossem iguais dois irmãos, vocês são primos não podem fazer isso.
            João retruca:
            - Nós nos amamos. E Maria completa:
            - É verdade mamãe e nada nos separará.
            Essa notícia foi uma polêmica em toda a família, dois primos namorando. Até que Maria realmente mudou-se para a casa de João. Uma simples casa emprestada pela mãe de Maria.
            No começo foi tudo uma maravilha, depois aumentaram os sintomas da gravidez, enjôos, sonolências, etc.. Maria não conseguia dormir direito, nos últimos cinco meses.
            Com 36 semanas e 4 dias, Maria achou que tivesse chegado o grande dia, pois estava perdendo líquido, mas era alarme falso, não era exatamente o dia. Quando completou as 37 semanas foi o grande dia, Maria sentia as dores do parto, mas chegou ao hospital um pouco atrasada, o coração de sua tão esperada filha já não estava batendo como antes. Maria foi atendida em estado grave, ou era Maria ou sua filha. Para tentar salvar as duas os médicos fizeram uma cesariana urgente.
           Enquanto Maria estava na sala de parto entre a vida e a morte, seus amigos tentavam acalmar João e sua sogra. Quatro horas depois acabou o tão demorado parto, e Maria pergunta a uma médica:
           - Cadê minha filha?
           A doutora tentando medir as palavras lhe disse:
           - Sua filha não resistiu, nasceu morta.
           Maria ficou desesperada e todos estavam chocados.
           Maria voltou para casa e o seu marido a recebeu com um olhar muito alegre e lhe disse:
          - Obrigada por está viva... Nossa filha está no céu, torcendo por nossa felicidade. Eu te amo...

Larissa Wallery Terra Dias


O diário de Alice

            Alice era uma garota de treze anos, tinha um diário como quase todas as garotas de sua idade, onde escrevia todos os seus segredos e o enfeitava com muitos corações, de todas as cores e tamanhos, pintados com canetinha colorida, era um lindo diário.
            Certo dia, Alice não começou seu dia bem, porque estudava com um garoto muito irritante chamado Felipe que sempre perturbava a garota quando tinha uma oportunidade.
Felipe estava procurando uma maneira de deixar Alice bem irritada, foi aí que pensou em pegar o diário dela escondido. O garoto aproveitou à hora do recreio em que a sala estava vazia, foi até a carteira de Alice e pegou seu diário e o escondeu em sua mochila.
            Ele ficou com o diário escondido. Quando terminou a aula pegou sua bicicleta e foi para sua casa, quando estava indo, sem perceber, o diário caiu de sua mochila. Quando chegou a sua casa percebeu que o diário havia caído e ficou muito preocupado. Ele iria devolvê-lo logo para Alice, pois só queria lhe dá um susto.
            Para má sorte de Alice quem achou seu diário foi Rafaela, uma menina que ela não gostava, pois implicava muito com ela.
            No outro dia, na escola, Felipe aproveitou o recreio para se aproximar de Alice e lhe contar o que havia acontecido.
            - Alice, preciso lhe falar uma coisa.
            - Pode falar Felipe.
            - Eu peguei o seu diário, mas foi só para te dar um susto.
            - Bem que eu desconfiei. Te mato garoto.
            - Calma Alice, eu não li nada, juro.
            - Então me devolva ele logo, antes que eu faça alguma coisa com você.
            - Não posso, porque ele caiu da minha mochila quando eu estava indo para casa.
            Alice quase voou no pescoço de Felipe quando ele falou isso. Mas, pensou bem e viu que não adiantava fazer nada.
            - Felipe agora você tem que dar um jeito de achar meu diário ou eu não respondo por mim.
            - Não se preocupe, vou achá-lo.
            - Espero que você ache e logo.
            Quando o garoto estava pensando em uma forma de achar o diário, passou pelo corredor da escola e ouviu Rafaela falando para suas amigas:
             - Ah! Eu achei o diário da Alice, vou tirar cópias de algumas folhinhas que revelam alguns de seus segredinhos e espalhar pela escola.
             Felipe ficou bem preocupado e logo pensou em uma maneira de recuperar o diário. Começou a seguir Rafaela por todos os lugares da escola, até que ela foi para a biblioteca. Quando, finalmente, a garota se distraiu Felipe não pensou duas vezes, rapidamente correu e pegou o diário da bolsa de Rafaela e logo foi entregar para Alice, antes que algo de novo acontecesse.
            - Toma Alice, encontrei seu diário.
            Ela com os olhos brilhando de felicidade o pegou e disse:
            - Que bom que você o achou, estava com quem?
            - Prefiro não falar, deixe para lá.
            - Nunca mais faça isso.
            - Aprendi a lição.
            Enquanto isso, Rafaela se preparava para tirar as cópias, abriu sua bolsa e não encontrou o diário e ficou sem saber o que havia acontecido.
            - Nossa! Cadê o diário? Estava aqui, deve ter caído.
            Alice volta para sua casa contente, por ter recuperado seu diário e começa a escrever o que havia acontecido.

Adrielly Elaine Morais do Nascimento

Vidinha de escola

            Tudo começou em mais um dia daqueles em que o sol entra no meu quarto e fala:
            - Acorda Adrielly estar na hora de ir para a escola. Por isso, decidi colocar uma cortina no meu quarto, agora não é o sol que vem me acordar cedo, é, simplesmente, minha mãe. Ela acorda as 05h00min e logo vem me chamar. Pois, a aula começa as 07h20min. Como é minha mãe tenho que acordar, do contrário minhas costas fica mais quente do que o sol.
            Bom, depois que minha mãe vem bater na porta do meu quarto, acordo logo e vou direto para o banheiro, de lá eu já vou me vestir, tomar café e escovar os dentes, saio direto para a escola.
           Chegando à escola minha amiga Dayane vem correndo me avisar que os professores estão querendo expulsar o Luciano. O Luciano é o menino mais danado da escola, só que ele é bem legal comigo é com as outras meninas. Ele é ruim com quem acha ele chato ou coisa parecida. Ninguém sabe que a Dayane é loucamente apaixonada por ele, como sou sua melhor amiga ela me contou tudo sobre seu grande amor.
            Não sei se vocês querem saber como ela se apaixonou por um louco, mas vou lhes contar do mesmo jeito.
            Esse conto começa em uma manhã maravilhosa de sol brilhando alto com todos felizes, pois era nosso primeiro dia de aula.
            Dayane chega com vários livros na mão, como ninguém estava acostumado ver uma pessoa chegando, assim, logo no primeiro dia de aula, decidiram “procurar” conversa com ela. Começaram a derrubarem seus livros e a apelidarem. Foi aí que o Luciano chegou para defendê-la. Ele chegou esmurrando os meninos, pois não achava certo o que eles estavam fazendo com Dayane e uma coisa vocês podem ter certeza, ele não gosta de quem mexe com garotas. Depois disso Dayane ficou loucamente apaixonada por Luciano, com o passar do tempo ela foi ficando triste, pois pensava que ele não gostava dela, então, fez uma loucura só para ele olhar para ela e defendê-la outra vez. Fez com que os meninos mexessem com ela novamente, foi aí que entrei na história, vendo tudo o que estava acontecendo reagir e fui conversar com ela, pois sabia que isso não daria certo. Ao vê-la passando pelo corredor fui logo me apresentando para ela:
             - Oi, eu sou a Adrielly.
             - Oi.
             - Como é seu nome?
             - Meu nome é Dayane.
             - Me fala uma coisa, você está a fim do Luciano?
             - Não estou não.
             - Pode falar juro que não falo para ninguém.
             - Ta bom, admito que gosto muito dele, mas ele nem olha mais para mim.
             - Amiga você estar fazendo tudo errado. Faça com que ele te veja como você é de verdade, não se faça de uma pessoa que você não é.
             - Então, você pode me ajudar?
             - Pode deixar, vou ajudá-la.
             Depois da conversa que tivemos tive que reagir logo, para tudo dar certo com a Dayane e o Luciano. Quando saí de perto dela, tive que reagir e fui atrás do Luciano, pois tinha que contar tudo para ele sobre a Dayane.
             Fui procurá-lo em sala de aula, para minha sorte, ele estava na sala terminando de fazer sua tarefa. Depois que ele terminou, puxei-o e lhe falei tudo o que estava acontecendo.
             Depois que o Luciano ficou sabendo de tudo correu atrás de sua amada e explicou que gostava muito dela. Ao ouvir isso Dayane correu, pulou em seus braços e lhe deu um beijo tão forte que os dois caíram no chão, e todos, que estavam ali por perto, começaram a aplaudi-los. Logo depois disso eles não se largaram mais. O Luciano continuou fazendo graça na escola. Por isso, os professores querem expulsá-lo; como sou eu que resolvo as coisas nessa escola, vou dá mais uma ajudinha para o Luciano, porém ele tem que fazer sua parte no plano,
            Ele deverá limpar todas as salas de aula, três vezes por semana, caso ele concorde. Como ele não tinha outra saída, acabou concordando.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Relatório

Trabalhando com sequência didática – “gênero conto”

Expliquei para a turma o que se pretendia com o “plano de trabalho com sequência didática” e que ele contemplava o que havia sido planejado no inicio do ano letivo. Após deixar claro quais seriam os objetivos deste trabalho e o porquê do seu desenvolvimento, pedi a participação ativa da turma para que nossos objetivos fossem atingidos. Este foi o momento de motivar e cativar os alunos, uma vez que o seu engajamento e compromisso seriam essenciais para atingir os objetivos propostos, assim, delineamos o início de nossas atividades.
Durante o desenvolvimento da atividade proposta algumas correções de “curso” foram necessárias, uma vez que nem tudo pôde ser aplicado conforme o proposto. A divulgação do trabalho, por exemplo, aconteceu na própria sala de aula através da leitura socializada.
O trabalho final previa a encenação de peças teatrais com fantoches a partir dos contos produzidos, entretanto, os alunos optaram por escolher quatro trabalhos para postarem no blog da escola e que em outro momento, mais oportuno, fariam a encenação de alguns dos textos para as demais turmas da escola, para servirem de subsídios para outros trabalhos a serem desenvolvidos.
Na produção inicial, os alunos sentiram dificuldade em sistematizarem suas falas, devido à insegurança ao não domínio do gênero estudado. Incentivei-os a participarem da socialização oral sem medo de errarem, uma vez que nosso trabalho só estava começando e que poderiam melhorar no decorrer dos próximos seguimentos.
Já nas produções finais, isso não mais ocorreu, os alunos, a partir das atividades propostas, souberam criar espaço, tempo, personagem e ação, conforme as características do gênero estudado. O que comprova que os alunos, conhecendo o gênero, vão conseguir lançar mão de sua criatividade, sem precisar recorrer a estereótipo.
Os alunos, em momentos de reflexão e avaliação, fizeram menção ao fato de estarem aprendendo melhor devido à cobrança e disponibilidade de material de apoio que estão tendo acesso (esse material é disponibilizado através de xerox feita pelo aluno ou por mim, pois a biblioteca da escola não está funcionando no horário da manhã, além disso o acervo da mesma é reduzido), pois avaliaram positivamente a importância da prática de atividades de leitura e escrita.
É importante ressaltar que se percebeu claramente, no decorrer, do desenvolvimento, das atividades propostas, a progressão dos alunos na interpretação e na produção de texto, posto que eles apresentaram uma leitura e uma produção mais aprofundada no final da atividade.
Resumir, os contos oralmente, foi uma das atividades entre as quais os alunos mais encontraram dificuldades. Pois, foi a partir daí que eles tiveram que demonstrar maior compreensão do texto. Esta atividade foi importante porque os alunos foram percebendo que resumir um texto não é tão difícil quanto eles pensam, e que sintetizar as informações é uma questão de trabalhar os pontos e ideias centrais de um texto.
A produção textual final se deu através da escrita de um novo conto, temática livre. A produção do conto foi feita em sala de aula e a reescrita, para fins de correção, foi realizada como atividade de casa, depois da socialização dos mesmos. Nesta atividade de socialização, fiquei surpresa com a criatividade dos alunos com relação aos textos produzidos. Pois, alguns alunos se superaram.
Outra questão abordada foi com relação à análise linguística, a importância das marcas de temporalidade e espaço, o verbo como elemento que desvenda o tipo de narrador, o uso de reticências dando conotação de suspense e/ou continuidade e pesquisa de vocábulos desconhecidos em função do contexto de produção do texto.
As dificuldades na escrita e na interpretação de textos, aos poucos, estão sendo trabalhadas/sanadas por meio de práticas diferenciadas e com atividades.



segunda-feira, 25 de abril de 2011

"O Conto"

A sequência didática abaixo foi trabalhada com a turma da 8ª série B


Trabalhando com sequência didática – “gênero conto”

O gênero selecionado foi o conto, pois além de fazer parte das sugestões de conteúdos para a 8ª série é, geralmente, um texto mais curto e de rápida leitura. Além disso, bons contos costumam prender o leitor logo no primeiro parágrafo, coisa extremamente importante para alunos do ensino fundamental que costumam ter uma imagem negativa da leitura como sendo “chata”. Após essa escolha, será ministrada uma aula expositiva sobre o gênero em questão, para que os alunos consigam se situarem/guiarem-se no momento de suas produções.
A construção/produção dos contos será realizada de forma aleatória, temas livres. Todos os alunos realizarão a produção inicial, esta será feita em equipe e de forma oral, e a final será feita de forma individual e escrita.
As produções iniciais serão socializadas apenas em sala de aula. Até porque seu objetivo é apenas de verificação, ou seja, verificar o que o alunado já consegue dispor nesse primeiro momento. Já a final, será apresentada em forma de teatro com fantoche no pátio da escola para as demais turmas.
Serão realizadas algumas atividades que abordarão os seguintes aspectos:
Ø  Fatos narrados/sequência narrativa;
Ø  Personagens;
Ø  Espaço;
Ø  Tempo;
Ø  Narrador...
Dentre esses elementos, iremos nos deter no estudo relativo ao espaço e à descrição dos personagens dentro do gênero, devido ao importante papel que esses elementos ocupam dentro desse tipo de narrativa.
Juntamente com a bibliotecária da escola, a professora fará uma seleção de livros do gênero que será estudado. Esses livros serão oferecidos para a turma, com um comentário sobre o gênero em questão e um pequeno resumo sobre duas ou três obras que o professor julgar interessante. Cada aluno, então, poderá escolher um livro/conto que lhe desperte maior interesse – caso algum aluno não se interesse por nenhum dos selecionados, este poderá escolher outro que mais lhe agrade, desde que seja um conto. É importante, ainda frisar, que essa retirada de livros, feita na biblioteca, seja feita diretamente pelo aluno, pois creio que isso o incentivará na leitura.
Para a construção da produção inicial os alunos terão contato com esses contos pré-selecionados. Após a escolha e a leitura dos contos escolhidos a turma, em equipe, fará uma exposição oral sobre o que leram, levando em conta tudo ou quase tudo estudado/debatido em sala de aula. Depois desse pequeno debate passaremos a desenvolver atividades práticas sobre a teoria dos contos debatidos, para isso, segue-se o seguinte:  


1º Módulo: Compreensão, análise e interpretação (6 aulas)
Dentre os contos pré-selecionados escolhi “Metrô” de Edson Gabriel Garcia e “A moça tecelã” de Marina Colasanti, por serem narrativas curtas, chamativas e estarem de acordo com a faixa etária da turma, para trabalharmos as características do conto que fará parte da produção final deste trabalho.
Logo após, será feita a análise dos contos citados, acima, conforme as características:
Ø  Situação inicial;
Ø  Complicação;
Ø  Clímax;
Ø  Desfecho.
Terminada a discussão, será feita a entrega de um resumo teórico sobre o gênero conto, sua história, principais autores e características estruturais. Depois de serem estudadas essas características será feita a compreensão e a interpretação dos dois contos, pelos alunos, de forma escrita, e pela professora, de forma oral, guiada por questões como:
Ø  Caracterização dos narradores;
Ø  Caracterização das personagens quanto suas classificações;
Ø  Foco narrativo;
Ø  Comentário sobre os espaços das narrativas;
Ø  O tempo transcorrido nas narrativas;
Ø  Síntese do enredo dos contos;
Ø  Desfecho dos contos.
Esse módulo será concluído com uma conversa com os alunos sobre o que eles acharam da atividade, e sobre as dificuldades encontradas no decorrer do trabalho, se encontradas. 


2º Módulo: Encontrando o tema do texto (4 aulas)
Será feita a recapitulação dos contos debatidos, através de perguntas que tratem de características particulares de cada história, possibilitando aos alunos que as reconheçam. Eles deverão responder a essas questões, a princípio, individualmente, para posterior discussão da temática com o grande grupo, com a mediação da professora. Isso possibilitará que eles aperfeiçoem seus conhecimentos em conjunto.
No momento seguinte a esse pequeno debate, a professora dividirá a turma em pequenos grupos e oferecerá para cada grupo um conto (trazer em torno de dez). Depois de realizada as leituras, cada grupo divulga/expõe seu conto para a turma, procurando sempre enfatizar seu tema. 


3º Módulo: Trabalhando com as palavras-chave (4 aulas)
A partir dos títulos dos contos trabalhados no módulo anterior, será solicitado aos alunos que redijam um texto, usando as palavras chaves do texto original, sem copiar trechos e sem reler o texto original.
Esse texto, redigido com base nos títulos dos parágrafos e nas palavras-chave é um esboço do resumo do texto. Essa atividade poderá ser feita coletivamente, e depois, com base em outros textos, os alunos farão outras sínteses de informações.
Ao final desse processo, que é o conjunto de todos os textos produzidos nos módulos, desenvolvem-se as habilidades necessárias à produção final do gênero em estudo. 


4º Módulo: Explicitação da aprendizagem conquistada (4 aulas)
            Neste, os alunos terão que por em prática o que aprenderam no decorrer/desenvolvimento das atividades relacionadas aos contos estudados. Para isso, deverão produzir um conto, levando em conta as características do gênero conto, individualmente e com tema livre. A turma selecionará três ou quatro produções a serem postadas no meu blog (http://www.celia-edu.blogspot.com) e no blog da escola (http://www.martinhomottadasilveira.blogspot.com). 


Avaliação
A avaliação de todas as fases ocorrerá de forma processual e progressiva, de modo a verificar o desempenho, a participação, o interesse e a aplicação do estudante no cumprimento das atividades, leituras e discussões/debates, além da interação e empenho em seu grupo de trabalho.


Bibliografia
ANDRADE, Carlos Drummond de. [et al].  Nossas palavras. Rio de Janeiro: José Olympio, 2003
AZEVEDO, Aluísio. [et al].Histórias de humor. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2003
CAMPOS, Paulo Mendes. As eternas coincidências. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003
COLASANTI, Marina. Doze reis e a moça no labirinto do vento. São Paulo: Global Editora, 2000
CUNHA, Leo. [et al]. Meus primeiros contos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001
GARCIA, Edson Gabriel. Cochichos e sussurros. São Paulo: Atual, 1988
GUIMARÃES, Bernardo. [et al]. Histórias de fantasia e mistério. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2003
LISPECTOR, Clarice. Pequenas descobertas do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 2003
MACHADO, de Assis. [et al]. Do conto à crônica. São Paulo: Salamandra, 2003
PELLEGRINI, Domingos. [et al]. Leituras da vida. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2003
QUEIROZ, Rachel. [et al.]. Meninos, eu conto. Rio de Janeiro: Record, 2002
SCLIAR, Moacyr. [et al]. Pipocas. 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2003
____________________. Histórias de grandeza e de miséria. Porto Alegre: L&PM, 2003
SOARES, Angélica. Gêneros Literários. São Paulo: Ática, 1997.
VERISSIMO, Érico. O novo Manifesto: antologia de contos. São Paulo: Martins Fontes, 2003
VERISSIMO, Luis Fernando. O santinho. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001
_______________________. [et al.]. O peru de natal.  São Paulo: Ática, 2003
WEISZFLOG, Walter (Org.). Olhar de descoberta.  São Paulo: Melhoramentos, 2003 


Webliografia

terça-feira, 5 de abril de 2011

cscarneiro-ativ3-unid2

“A internet como espaço de autoria coletiva: Wikipédia e Wikcionário”

Nesta atividade, naveguei pela internet observando os caminhos percorridos, abrindo páginas e utilizando novas janelas. Além de utilizar os links que os textos ofereciam.
De acordo com a pesquisa feita, pude observar que podemos compartilhar o que fazemos com milhões de pessoas, além de podermos dar opiniões, contribuir, analisar, enfim, participarmos ativamente na internet e dialogarmos sempre que quisermos com pessoas de várias partes do mundo.
Como a atividade sugere, naveguei um pouco pela Wikipédia e observei que esta página trás um resumo sobre o pesquisado, além de ter um resumo diário (data do dia) sobre os principais fatos marcantes ocorrido no mundo, bem como o nascimento e falecimento de famosos. Um dos “pontos” que mais gostei foi do cantinho da curiosidade, pois, este trás arquivos interessantes.
Viajando pelo Wikcionário, observei alguns verbetes e algumas expressões típicas da nossa região. Usei a página de teste para editar algumas expressões, como: pai-d’egua (muito bom, legal, demais..., expressão típica do nosso estado – Pará) e Arriégua (espanto, admiração, surpresa, etc., usada no Nordeste e, aqui, no Norte).
Participei da discussão sobre a palavra Jacundá (peixe ciclídeo e um dos municípios do estado do Pará, situado a 100 km de Marabá). Contribuir com a etimologia Campo Grande (campo-grandense. Adjetivo de dois gêneros. 1. De Campo Grande, capital do MS. Substantivo de dois gêneros. 2. O natural ou habitante de Campo Grande. [plural campo-grandenses].
            Procurei vários termos em português e os encontrei, alguns bem definidos outros não. Encontrei, também, muitas páginas e termos interessantes que servem para trabalharmos em sala de aula.
Saber que você pode interagir no ambiente da Wikipédia e do Wikcionário é muito interessante e viver isso foi uma experiência muito boa e concreta. Pois, pude vivenciar uma ação da "globalização digital".
Observei que o objetivo da criação do Wikcionário foi o de descrever todas as palavras de todos os idiomas, com definições e descrições em todas as línguas. E o melhor é que podemos contribuir com essa ação.


sábado, 2 de abril de 2011

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“Conceituando hipertexto”

“Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual se agrega outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links”.




“O hipertexto é uma forma não linear de apresentar a informação textual, uma espécie de texto em paralelo, que se encontra dividido em unidades básicas, entre as quais se estabelecem elos conceptuais. Este tipo de texto electrónico, cuja existential física consiste num código digital armazenado no disco rígido do computador e na sua memória operativa, depende em exclusivo da ciência do leitor em manipular os elos conceptuais que se estabelecem entre as unidades de informação ou grupos de unidades que podem distribuir-se e circular por todo o mundo. É o caso da Internet, que utiliza a linguagem HTML (HyperText Markup Language) que permite descobrir a informação disseminada, num sistema em que todos podem comunicar com todos, em sincronia. Este sistema global de informação pode incluir não só texto, mas também imagem, animação, vídeo, som, etc”.




Através da conceituação sobre hipertexto, citados nos links pesquisados acima, conclui-se que eles são de grande importância para nossa prática profissional. Os mesmos nos auxiliam em pesquisas, e, com isso podemos melhorar nossa prática em sala de aula.
Os links facilitam muito nosso trabalho quando estamos realizando uma pesquisa, pois eles nos ajudam a melhorarmos nosso “trabalho”. Através deles passamos a conhecer coisas novas e de forma bem descontraída, por serem chamativos visualmente, sem falar que, através deles podemos socializar nossas postagens/trabalhos e conhecer outros.